quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Em Terra de Cego Quem Tem Um Olho...

As pessoas as vezes fazem coisas que até elas próprias duvidam, esquecem algo, erram nomes, ou coisas que o valham.

Bem, escute (leia, é a força do hábito), tal acontecimento que ocorreu com alguém que eu conheço. O nome será preservado para não ser usado de mal grado.

A pessoa saiu de manhã para resolver mil coisas, arrumou a bolsa (sim, é uma mulher, sem preconceito), um pouco atrasada, saiu pegando o que precisava e foi tomando o rumo da rua, sentiu alguma coisa errada nos olhos não sabia o que era, talvez estava ainda meio dormindo, sabe como é né? Acordar de manhã rápido de maneira súbita e sair de qualquer jeito é complicado.

Mas nossa protagonista tinha muito para resolver, então bola pra frente.

Banco, igreja, fórum, cartório, loja, ônibus, bar, casa de amigos, restaurante, ufa...

E sempre achando estranho como as pessoas lhe olhavam, pensou que o olho estava ruim mesmo, pois mesmo com os óculos as pessoas estavam percebendo.

Ir num médico é uma prioridade que deve ser pensada de maneira urgente mesmo.

Começou a perceber que era algo estranho realmente, a luz estava diferente em um dos olhos, a visão um pouco desfoca somente num dos olhos.

"Preciso tomar os remédios que me passaram de maneira correta" - foi o primeiro pensamento que veio logo após a preocupação.

Tinha muita coisa a fazer, mas cuidar da sua saúde era mais importante, foi direto a um
zoísta (médico dos olhos), oculista é para os fracos.

Chegando lá, logo na sala de espera sentiu que a galera já olhava para ela com um ar de estranheza, ficou nervosa, pois os profissionais já sentiam tudo sem ela dizer um nada.

Pensou como iria enfrentar o problema de saúde, como encararia o mundo sem enxergar, mas uma mulher de fibra não desanima.

Entrou no consultório de maneira altiva, sentou e quando ia começar a falar, o médico perguntou primeiro.

- Por que a senhora está usando os óculos com uma lente e a outra não????????????

Como assim???? Foi a pergunta que saiu pulando de sua cabeça!

Então já com a cara vermelha pega o óculos e percebe que uma das lentes está faltando.

Então rapidamente diz que é uma pesquisa da faculdade para demonstrar que o segundo olho é inútil, e que vai comprovar que EM TERRA DE CEGO QUEM TEM UM OLHO É CAOLHO, no mínimo, mas que já tem que ir pois está atrasada, e tudo que uma pessoa diria para ir embora o mais rápido possível.

Ao voltar para casa já com um misto de culpa/risada/ódio/graça/raiva/alegria/alívio ela encontra em cima do sofá no quarto a lente perdida e ela não viu.

Não viu porque a lente é daquelas que escurecem quando tem muita luz e clareiam (me deu uma vontade de escrever clarecem, mas minha esposa professora de Português repeliu o fato), quando tem pouca luz.

Se ligou? A nossa distinda senhora andou pela cidade com um óculos escuro com uma lente só, as pessoas devem ter pensado que era moda.

E nenhum DESINFELIZ DAS COSTAS OCA, falou nada, era tudo amigo, amigo da onça, mas como ela estava em TERRA DE CEGOS. Já viu né!

Moral da História: Quando um dos olhos falhar, não se desespere é só achar a lente dos oculos.


Até a Próxima histórias da vida real.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

O importante é ser honesto!

Olá pessoas!

Sejamos sinceros, como é fácil de encontrar na nossa vida pessoas engraçadas que dariam ótimos personagens em teatros e cinemas por ai a fora.

Quem nunca teve um amigo(a) que se meteu numa encrenca absurda, simplesmente pelo fato de ser uma pessoa desatenta (eufemismo para lerdo)?

Então aquele que não viu ou até fez uma ação desatenta na vida que atire a primeira pedra, todos nós já tivemos um momento de bug no cérebro e aprontamos alguma das boas.

Veja como isto pode acontecer! História verídica!

Preste atenção:

Uma consumidora em um dos milhares de shoppins (sic) do Brasil está com calor e decide tomar um sorvete, se dirige até uma daquelas "barracas" no meio dos corredores, pede o sorvete, mas o caixa (a máquina, não a pessoa, por favor) está quebrado, então a atentende lhe diz:

- Vou lhe entregar, mas você paga ali no caixa da Marisa que está tudo bem.

A pessoa então que é uma cidadã digna e honesta, item raro no nosso Congresso Nacional, foi até a LOJA MARISA, pegou a fila, sem consumir o produto que já começava a derreter e fazer as pequenas trilhas adocidadas nas mãos e faltando pouco para ir até o braço, ai sim lascar tudo.

Quando chega na sua vez, diz toda empolgada:

- Comprei o sorvete ali (aponta para o lugar), e me disseram para pagar no caixa da Marisa.

A caixa responde:

- Desculpa senhora, mas não vendemos sorvetes aqui.

- Como assim? - retruca a senhora já um pouco impaciente, pois o sorvete começava a sujar a sua roupa.

- Senhora, aqui vendemos roupas e acessórios. - explica a caixa meio confusa e já procurando a câmera pensando que está participando de alguma pegadinha de televisão.

- Olha minha filha, eu estou com pressa e preciso ir embora, além do mais esta merda de sorvete já está derretendo, e eu vou devolver se não conseguir pagar antes dele virar suco na minha mão, você me entendeu?????? - a senhora já responde de maneira ríspida e com o tom de voz já alterado.

- Deve estar havendo algum engano, pois não vendemos sorvetes aqui! Quem falou isto para a senhora? - Falou a caixa já com vontade de enfiar o sorvete no bolso da senhora e louca para chupar o sangue de quem falou que era ali que se pagava a PORRA daquele sorvete de MERDA.

- Foi ela ali! - A senhora responde apontando para a caixa que tinha lhe atendido minutos antes.

A caixa da loja num momento de falta de controle vai até a "barraca" que vendia a porcaria daquele sorvete. E já chegou falando de maneira tão sútil quanto um zagueiro perna-de-pau dando um carrinho no tornozelo do atacante habilidoso.

- Escuta aqui! Quem é que disse que ali vende sorvete?

- Hã????????????????????? - responde a caixa com uma cara de espanto que parece que viu um elefante branco com listras verdes bolinhas azuis dirigindo uma moto BMW e casaco de couro dos Kamikazes ou dos Abutres, e ainda por cima fazendo sinal de surfista para ela.

- Você falou para esta senhora que era para ela pagar lá na loja esta porra de sorvete de merda que não vende lá! - fala a caixa da loja de maneira polida e contida.

A menina que vende sorvete olha para a senhora que a esta altura tinha uma casquinha toda melecada de sorvete e grudenta em uma das mãos, uma trilha de chocolate atrás dela, roupa manchada, mão preguenta e com a porra de um guardanapo que não vale nada, que mais sujava que limpava.

Com os olhos como se fossem duas bolas de fogo prontas para serem atiradas sobre a senhora com o sorvete, pelo menos um dia aquilo na mão dela foi um sorvete, fala como se seus dentes criassem pontas prontas (cuidado com o trava-língua), já preparados para devorar o pescoço daquela miserenta, desinfeliza, morrenta da água podre, porca da parafuseta suja.

Então ela responde como se sua voz fosse sair por todos os autofalantes do mundo, e se suas ondas sonoras pudessem ser transformadas em balas para poderem fuzilar a senhora do sorvete derretido:

- O MEU CAIXA ESTA QUEBRADO, ERA PARA PAGAR NO CAIXA DA MARISA! - nisto ela aponta para o outro lado da barraquinha atrás da máquina de sorvete, onde se localizava a outra caixa com sua máquina funcionando, e que tinha como nome MARISA.

A senhora já tremendo, não por causa dos risos de todos que ali assistiam a cena, mas por medo da reação das duas ou três caixas e diz:

- O importante é ser HONESTO! Eu queria pagar!

No último boletim médico parece que a senhora do sorvete já consegue tomar líquidos sem a sonda, mas com ajuda de um canudinho.

Moral da História: Se você não entendeu pergunte, se não quer perguntar não pague porra!

Até a próxima esquete da vida real!